Cedro do Líbano |
“O justo florescerá como palmeira; crescerá como cedro no Líbano” Sl 92:12
Compreendemos, portanto, que a ênfase reside no enraizamento
muito mais do que nas provas externas. Observamos muitas pessoas preocupadas
porque não percebem o seu crescimento espiritual. Possivelmente, estão à espera
de frutos visíveis, ministérios estabelecidos ou alguma manifestação externa de
progresso espiritual. Entretanto, tal como o cedro, não deveríamos estar tão
ansiosos nessas manifestações externas, se genuinamente nos dedicamos a
aprofundar as nossas raízes. Alcançamos isso mediante a leitura da Palavra, a
assimilação dos seus princípios e a aplicação adequada na vida diária. O cerne
da Palavra de Deus é o AMOR. Quanto mais nos exercitamos no amor a Deus e ao
próximo, mais profundas serão as nossas raízes e, com o tempo, começaremos a
evidenciar um crescimento gradual. “Habite Cristo no vosso coração, pela
fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes
compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a
altura, e a profundidade” (Efésios 3:17-18).
Outra verdade essencial é a resistência do cedro do Líbano,
capaz de suportar ventos e calor com firmeza. Suas raízes profundas alcançam os
lençóis freáticos, garantindo-lhe independência da chuva. Assim também deve ser
o cristão. Para assemelhar-se ao cedro, ele não pode depender exclusivamente de
fatores externos. É necessário aprender a aprofundar suas raízes, buscando
sustento mesmo em condições adversas de seca, calor e escassez de chuvas. Em
vez de se deter na busca por culpados, direcione sua atenção para Deus durante
as dificuldades que enfrenta. Esteja aberto para aceitar a ajuda oferecida por
seus irmãos e amigos.
Algumas pessoas atribuem a estagnação espiritual à falta de
espiritualidade em sua igreja local. Às vezes, culpamos a própria família por
não proporcionar as condições ideais para o sucesso em determinadas áreas da
vida. Em diversas ocasiões, buscamos um bode expiatório para justificar nossos
fracassos. Contudo, o ensinamento bíblico nos lembra que, mesmo diante da
ausência de chuvas ou de circunstâncias externas desfavoráveis, é possível
encontrar águas profundas. Estas só são descobertas quando são buscadas
ativamente. Não estão superficiais na indiferença ou na preguiça, nem à beira
do conformismo ou da apatia espiritual. Elas residem no âmago da fome e da sede
por Deus, no desejo genuíno de ser alguém para Deus e para o mundo. “Buscar-me-eis
e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13)
Existem relatos de que quando uma raiz de uma árvore qualquer cresce muito e alcança uma rocha, ela para de se expandir. No entanto, no caso do cedro do Líbano, a raiz continua a crescer ao redor da rocha, envolvendo-a em um abraço. Enquanto algumas raízes veem na rocha um obstáculo para seu crescimento, para o cedro é exatamente o oposto. Quanto mais ele se agarra à rocha, mais forte se torna. Para muitos, o encontro com a rocha significa o fim de seu crescimento. Refiro-me àqueles que vivem alheios à Palavra de Deus. Eles não avançam em seus projetos pessoais, veem dificuldades em todos os lugares. Jesus muda seu viver, te carrega, quando você não consegue mais andar. Assim é para o justo, que continua a crescer até que suas raízes se firmem na rocha, envolvendo-a e estabelecendo uma relação mais íntima com Cristo. Para vocês, que creem, isso é de grande valor; porém, para os incrédulos, é a pedra que os construtores rejeitaram que se torna a pedra angular. "Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos". (1 Pedro 2:7-8)
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