26 de março de 2024

TEMPOS DE AFLIÇÕES

Aflições
Tempos de Aflições

A lei de Murphy, famosa por proclamar que "Se alguma coisa pode dar errada, com certeza, dará errada", ecoa uma realidade indesejada. No entanto, Jesus também compartilhou uma perspectiva semelhante no evangelho de São João 16:33, quando disse: "No mundo, terão aflições..." 

É inevitável, em algum momento, as aflições batem à nossa porta.

Esta não era a intenção original de Deus; mas, desde o momento em que o homem cedeu às artimanhas de Satanás no Jardim do Éden, o pecado envolveu a Terra em sua sombra. 

Desde então, a desordem e a disfunção têm sido as marcas registradas de nossa existência. As aflições são uma realidade da vida; talvez você esteja enfrentando algumas delas agora mesmo.

Doenças na família, medo, dívidas, desemprego, fome, o leito de morte, até mesmo pensamentos suicidas - todas essas são aflições que podemos enfrentar. 

Somos bombardeados por diversas fontes com promessas de paz, muitas vezes transformadas em mercadoria, produtos a serem comprados. "Aqui está o sucesso, a fama, o dinheiro, a cura… ". Dizem os vendedores de falsas esperanças. 

Jesus declarou que: "o mundo todo está sob o poder do Maligno" (1 João 5:19 NVI). Jesus não iludiu ninguém, sobre as aflições que encontraríamos. 

Ao contrário da filosofia de Murphy, que não oferece solução para os problemas; Jesus oferece-nos uma promessa de esperança: "tende bom ânimo; eu venci o mundo" (João 16:33). 

A palavra "venci" denota uma vitória consumada, cujos efeitos perduram além de nossa existência. 

Com Sua morte e ressurreição, Jesus conquistou o mundo caído e continua a trazer vitória para nossas vidas, não importa a magnitude de nossas aflições. 

A boa nova é que podemos contar com Jesus mesmo nos momentos mais difíceis.

Como está escrito, 

"Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno" (1 João 5:19 NVI).

Assim, podemos ter paz, mesmo em meio ao sofrimento, pois Jesus nos assegura: 

"No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo" (João 16:33 NTLH).

23 de março de 2024

Domingo de Ramos – A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém

Cruz
Cruz - Domingo de Ramos

O dia chamado "Domingo de Ramos", é o dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém uma semana antes de sua crucificação e morte. Nesse dia, conforme o Evangelho de João, as multidões em Jerusalém saíram para saudar Jesus carregando ramos de palmeiras, que eles acenaram ou espalharam em seu caminho.

No início da última semana de sua vida, Jesus de Nazaré entrou em Jerusalém conforme descrito no Evangelho de Marcos 11.1-11

Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfage e Betânia, perto do monte das Oliveiras, jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: 

"Vão ao povoado que esta adiante de vocês; logo que entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. Se alguém lhes perguntar:

'Por que vocês estão fazendo isso?', digam-lhe:

0 Senhor precisa dele e logo 0 devolvera". Eles foram e encontraram um jumentinho na rua, amarrado a um portão. Enquanto o desamarravam, alguns dos que ali estavam lhes perguntaram:

"0 que vocês estão fazendo, desamarrando esse jumentinho?"

0s discípulos responderam como jesus lhes tinha dito, e eles os deixaram ir. "Trouxeram o jumentinho a jesus, puseram sobre ele os seus mantos; e jesus montou. Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam cortado nos campos. 0s que iam adiante dele e os que o seguiam gritavam:

"Hosana!"

"Bendito e o que vem em nome do Senhor!"

"Bendito e o Reino vindouro de nosso Pai Davi!"

"Hosana nas alturas!"

Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Observou tudo a sua volta e, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze. 

A estação do ano era a primavera, época da grande festa pascal em Jerusalém, durante o mês judaico de Nisan, que é no início de abril em nosso calendário. Conforme a Bíblia Em Ordem cronológica, esse evento é datado no Sábado, 9 de abril de 29 d.C.

Esse acontecimento foi profetizado pelo profeta Zacarias no século VI A. C. :

“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e trazendo a salvação, humilde, e montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta” Zacarias 9:9. 

A verdadeira fé da multidão que gritou “Hosana” está descrita em Mateus 21:10-11:

“Mateus 21:10-11 diz que quando Jesus entrou em Jerusalém, a cidade ficou agitada e perguntava: "Quem é este?". A multidão respondia: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia" 

Jesus não ficou impressionado com esta aparente recepção de Rei, pois Ele chorou por Jerusalém e anunciou a sua iminente destruição, o que se cumpriu 70 A.D.  Conforme descrito em Lucas 19:38-44

“Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas! E disseram-lhe dentre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, logo as pedras clamarão. E quando já ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,

Dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!, mas agora isso está encoberto aos teus olhos.

Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados;

E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porquanto não conheceste o tempo da tua visitação. 

Que decepção para aqueles que saudaram sua entrada!

Que tipo de Messias era esse?

Que tipo de Rei é esse?

Nos dias seguintes, Jesus purificou o Templo, e não levantou nenhum dedo e nem a voz contra os romanos. Em vez disso: "Então lhes disse: ‘Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’" Mateus 22:21. 

Quem precisa de um rei assim? 

Na sexta-feira, um grande número da multidão estava desencantada com Jesus. Pois, esperavam uma reação de Jesus contra o sacerdócio do Templo, que havia arquitetado sua prisão e o entregaram aos romanos sob a acusação de declarar-se ser "Rei dos judeus". Recentemente cantavam, "Hosana!", mas agora gritam com todas suas forças "Crucifica-o! Crucifica-o!" E assim Jesus foi para a cruz, para morrer como sabia que iria acontecer.

Que lições podemos aprender com a história da entrada triunfal de Jesus?

A Primeira, vemos o Senhorio de Jesus. A crucificação de Jesus não foi um acontecimento que o atingiu desprevenido ao visitar Jerusalém. Pelo contrário, Jesus compreendeu e aceitou o seu chamado para sofrer a morte na cruz. Jesus se via como o rei e pastor profetizado por Zacarias e assumiu esse papel em sua provocativa entrada triunfal em Jerusalém. Jesus mostrou seu conhecimento prévio dos eventos de sua paixão: a descoberta do jumento, os arranjos para sua Última Ceia Pascal no cenáculo, a traição de Judas, a tríplice negação de Pedro, o abandono dos discípulos, a libertação aos gentios, seu flagelo, humilhação e execução. Ele anunciou todas essas coisas com antecedência. Cumprindo centenas de profecias contidas no velho testamento. Jesus mostrou-se, assim, Senhor sobre a história.

A segunda lição: Jesus nem sempre atende às nossas expectativas. Os judeus esperavam um rei que seria um grande líder militar como Davi, que traria a libertação do jugo de Roma e estabeleceria o reino de Deus pela força.

 Mas Jesus era radicalmente diferente de suas expectativas. Quando entrou em Jerusalém, não o fez a cavalo, símbolo da guerra e da escolha dos conquistadores, como fizera Pompeu. Ou semelhante ao dia do Triunfo comemorados pelos generais e reis romanos. Jesus nem sequer escolheu uma mula, o corcel de reis judeus como o próprio Davi. Em vez disso, ele escolheu um burro, um animal de matilha, uma besta humilde de carga, como sua montaria real. Como Zacarias havia profetizado, ele veio humildemente e trazendo paz. O Reino de Deus que ele pregou e inaugurou não era um reino terreno, político, militar, mas o governo de Deus no coração dos homens que O conhecem e O servem. Mas este não era o reino que o povo esperava ou queria, e por isso eles rejeitaram Jesus como seu Senhor.

Em nossa vida cristã, à medida que envelhecemos, todos nos deparamos com situações em que Deus não atendeu às nossas expectativas.

Talvez Ele não trouxe um parceiro de casamento para nossa vida.

Ou talvez descobrimos que o casamento não correspondeu às nossas expectativas.

Ou talvez você tenha sido preterido para uma promoção ou um cargo que você realmente merecia.

Ou talvez a doença, ou a tragédia tenha atingido sua vida, ou família de uma maneira inesperada.

E a tentação em todas essas situações é fazer as coisas do nosso jeito.

Você se casa com aquele não-cristão.

Você pede o divórcio. Você fica ressentido e amargurado com as oportunidades perdidas.

Você perde a confiança no amor de Deus por você e não confia mais Nele.

Quando Deus não corresponde às nossas expectativas, então rejeitamos Deus e fazemos as coisas da maneira que achamos que devem ser feitas ou nos ressentimos Dele por não nos dar o que queremos. 

Jesus é o Senhor. Ele não tem obrigação de corresponder às nossas expectativas. Se Ele escolhe dar-vos uma vida de sofrimento e dificuldades, de decepção e fracasso, Ele é o Senhor. Muitos de nós pensamos que, se Cristo não se encaixar em nossas expectativas, então simplesmente nós O rejeitaremos, como as multidões em Jerusalém fizeram.

 Mas Cristo é o Senhor, e Ele não precisa se adequar às nossas expectativas.

Cristo nunca prometeu aos seus seguidores uma vida feliz. O discípulo não está acima de seu mestre, e o Mestre escolheu o caminho para o Gólgota. Se você é chamado a trilhar esse mesmo caminho, essa é a prerrogativa do Mestre.

Devemos ao menos tentar adaptar nossas expectativas ao que Deus decreta, não tentar adaptar Deus para atender às nossas expectativas.

 Cristo é o Senhor, e Ele sabe o que é melhor para nós.

Não devemos ser como o povo de Jerusalém, que saudou Cristo como seu rei, desde que ele se encaixe na imagem que projetamos para ele ser. Reconheçamo-lo verdadeiramente como nosso Rei, nosso Senhor, nosso Soberano, e recebamos de sua mão tudo o que ele tem preparado para nós.

As promessas contidas para nós na palavra de Deus, que não são poucas, estão a nossa disposição; João 14:13-14 (NVI), onde Jesus diz:

"E tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei."

Essa promessa enfatiza a importância da fé e da oração dos seguidores de Jesus. Ao pedirem algo em nome de Jesus, eles estão demonstrando sua confiança nele e sua submissão à vontade de Deus. Isso também destaca o papel de Jesus como mediador entre os crentes e Deus, garantindo que suas orações sejam ouvidas e atendidas conforme a vontade divina.

14 de março de 2024

Crescer Como Cedro no Líbano

Cedro do Líbano

“O justo florescerá como palmeira; crescerá como cedro no Líbano” Sl 92:12

1 - Crescimento lento, mas consistente

O desenvolvimento espiritual do cristão, pode ser metaforicamente comparado ao crescimento do Cedro do Líbano: gradual, porém sólido. Tal como essa majestosa árvore, que eventualmente atinge 40 metros de altura, os primeiros anos do cristão são de suma importância. Nos primeiros três anos, as raízes do cedro se aprofundam até um metro e meio, enquanto a planta tem apenas cerca de cinco centímetros de altura. O verdadeiro progresso começa a se manifestar a partir do quarto ano. Similarmente, no mundo do cristão ou do empresarial, é imperativo concentrar-se na construção de bases sólidas durante as fases iniciais. O indivíduo cristão, assimilado ao cedro, carrega consigo a promessa de crescimento, ainda que gradual. O foco reside no enraizamento sólido, pois nos primeiros três anos, o cedro já estabelece raízes profundas antes mesmo de iniciar seu crescimento visível. Do mesmo modo, no âmbito dos negócios, é crucial estabelecer uma fundação robusta antes de almejar um avanço tangível.

Compreendemos, portanto, que a ênfase reside no enraizamento muito mais do que nas provas externas. Observamos muitas pessoas preocupadas porque não percebem o seu crescimento espiritual. Possivelmente, estão à espera de frutos visíveis, ministérios estabelecidos ou alguma manifestação externa de progresso espiritual. Entretanto, tal como o cedro, não deveríamos estar tão ansiosos nessas manifestações externas, se genuinamente nos dedicamos a aprofundar as nossas raízes. Alcançamos isso mediante a leitura da Palavra, a assimilação dos seus princípios e a aplicação adequada na vida diária. O cerne da Palavra de Deus é o AMOR. Quanto mais nos exercitamos no amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão as nossas raízes e, com o tempo, começaremos a evidenciar um crescimento gradual. “Habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (Efésios 3:17-18).

2 - Raízes que buscam as águas profunda

Outra verdade essencial é a resistência do cedro do Líbano, capaz de suportar ventos e calor com firmeza. Suas raízes profundas alcançam os lençóis freáticos, garantindo-lhe independência da chuva. Assim também deve ser o cristão. Para assemelhar-se ao cedro, ele não pode depender exclusivamente de fatores externos. É necessário aprender a aprofundar suas raízes, buscando sustento mesmo em condições adversas de seca, calor e escassez de chuvas. Em vez de se deter na busca por culpados, direcione sua atenção para Deus durante as dificuldades que enfrenta. Esteja aberto para aceitar a ajuda oferecida por seus irmãos e amigos. 

Algumas pessoas atribuem a estagnação espiritual à falta de espiritualidade em sua igreja local. Às vezes, culpamos a própria família por não proporcionar as condições ideais para o sucesso em determinadas áreas da vida. Em diversas ocasiões, buscamos um bode expiatório para justificar nossos fracassos. Contudo, o ensinamento bíblico nos lembra que, mesmo diante da ausência de chuvas ou de circunstâncias externas desfavoráveis, é possível encontrar águas profundas. Estas só são descobertas quando são buscadas ativamente. Não estão superficiais na indiferença ou na preguiça, nem à beira do conformismo ou da apatia espiritual. Elas residem no âmago da fome e da sede por Deus, no desejo genuíno de ser alguém para Deus e para o mundo. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13)

3 - Raízes que abraçam a rocha 

Existem relatos de que quando uma raiz de uma árvore qualquer cresce muito e alcança uma rocha, ela para de se expandir. No entanto, no caso do cedro do Líbano, a raiz continua a crescer ao redor da rocha, envolvendo-a em um abraço. Enquanto algumas raízes veem na rocha um obstáculo para seu crescimento, para o cedro é exatamente o oposto. Quanto mais ele se agarra à rocha, mais forte se torna. Para muitos, o encontro com a rocha significa o fim de seu crescimento. Refiro-me àqueles que vivem alheios à Palavra de Deus. Eles não avançam em seus projetos pessoais, veem dificuldades em todos os lugares. Jesus muda seu viver, te carrega, quando você não consegue mais andar. Assim é para o justo, que continua a crescer até que suas raízes se firmem na rocha, envolvendo-a e estabelecendo uma relação mais íntima com Cristo. Para vocês, que creem, isso é de grande valor; porém, para os incrédulos, é a pedra que os construtores rejeitaram que se torna a pedra angular. "Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos". (1 Pedro 2:7-8)